terça-feira, 24 de junho de 2014

Esquecer...



Esquecer...


Você Não Me Ensinou A Te Esquecer

Caetano Veloso
Compositor: Fernando Mendes / José Wilson / Lucas



Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços

É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer

E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar



Hà tanto tempo...
 sem um olhar dialogado
Sem um abraço de conforto...
sem um olhar colorido de silêncios
sem a alegria da surpresa...
 em doces cumplicidades 
sorrisos abertos 
à beleza do encontro 
urgentemente desejado!



                                         Lola


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Eramos cinco...




Eramos cinco...



 Na Hora de Pôr a Mesa

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho
. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.




José Luís Peixoto (Galveias, Ponte de Sor, Setembro de 1974)
Poeta, romancista, dramaturgo, colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras, licenciado em LLM, variante de Inglês Alemão.





                                           Lola

Palavras que beijam


 Há palavras que nos beijam





Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.



Alexandre O'neill (Poeta português, 1924-1986)





 Lola

domingo, 1 de junho de 2014

Esperei o teu Beijo







Esperei o teu Beijo 



Esperei o teu Beijo 


Esperei sem certeza
o teu beijo
naquele momento
desejei a surpresa
 do teu olhar
precisei o brilho do teu abraço
a cumplicidade do silêncio
desenhar palavras 
e vivências de distância
Mas depois...
bem depois ... chorei 
de dentro do meu corpo
na ausência (des)esperada
de uma noite doce
de luar e estrelas
so me faltava o teu corpo
somente tu
para o meu coração 
se envolver em plenitude
de um momento transbordante 
e unico
porque nosso...
simplesmente o reencontro 
que vai tardando!
Esperei tanto, tanto
o teu beijo...

                                         Lola