quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Pedro Abrunhosa - 'É Difícil' (Legendado)





                              É Dificil 

Quando todos vão dormir
É mais fácil desistir
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar

Eu não quero ser
A luz que já não sou
Não quero ser primeiro
Sou o tempo que acabou

Eu não quero ser
As lágrimas que vês
Não quero ser primeiro
Sou um barco nas marés

Hoje acordei, e senti-me sozinho
Um barco sem vela, um corpo sem ritmo
Amanheci e vesti-me de preto
Um gesto cansado um olhar no deserto

Quando todos vão dormir
É mais fácil desistir
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar

Eu não quero ser
A luz que já não sou
Não quero ser primeiro
Sou o tempo que acabou

Eu não quero ser
As lágrimas que vês
Não quero ser primeiro

Sou um barco nas marés

Adormeci, sem te ter a meu lado
Um corpo sem alma, guitarra sem fado
Um sonho na noite e olhei-me ao espelho
Umas mãos de criança num rosto de velho

Quando todos vão dormir
É mais fácil desistir
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar

Eu não quero ser
A luz que já não sou
Não quero ser primeiro
Sou o tempo que acabou

Eu não quero ser
As lágrimas que vês
Não quero ser primeiro

Sou um barco nas marés





Mas eu não vou desistir!

Quero continuar a olhar o MAR contigo!!!

Como um barco nas marés!

Afinal, não continuas desse lado da ponte que nos une?


                                             Lola




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Saudade





Hoje vi-te a olhar o Mar e senti uma infinita...


Saudade


Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
dói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés

Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar

como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas

Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco

eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta

Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono



 MIA COUTO


Do Mar sinto o colorido da ausência
o sentido do mistério
a tormenta do cuidado
o porquê da distância
que não encurta nem se dilui nas ondas espuma 
de imendidão azul que ....
perdura e aproxima a alma 
numa doçura de encontro 
que ...
....continua sendo nosso!





                                                Lola