segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ser Professor

Ser Professor


“Se o animal, pelo instinto, está enclausurado na sua própria determinação biológica, o homem, ser superiormente dotado de razão, projecta possibilidades que lhe permitem desenvolver todas as disposições naturais. Como? Este desenvolvimento não podendo ser errante nem ocasional, tem de ser sustentado por um conjunto de tarefas a que Kant apelidou de arte. Uma educação infinita, como aquela proposta por Kant, comporta dois aspectos: por um lado, a disciplina, considerda a face negativa, mas inevitável, já que pela sua ausência o homem se torna selvagem; por outro lado, a instrução que revela o lado positivo da educação sem o qual o homem se torna bruto”

Rosa Sousa, A Busca da Felicidade, p. 26 (tese de mestrado)





Lola




sábado, 21 de setembro de 2013

Escola

Escola Secundaria de Arouca



A Escola é um vitral



 Adoro a Escola !
 E sinto por ela um carinho tão especial que desde os meus sete anos de vida nunca mais a abandonei.
Não se pense, no entanto que foi facil viver a escola quer como aluna quer como professora. Constato, porem,  que de ha uns anos para ca “esta nobre arte de ensinar” esta cada vez muito mais exigente, envolvente, trabalhosa e a necessitar, sistematicamente, de uma atenção redobrada face a jovens de si seres multi complexos e misteriosos.
E, afinal, o que é a escola?
“Escola” tem origem no vocabulo grego SCHOLÉ, que,  paradoxalmente, significa “descanso, folga e  ócio”. Como era nesses momentos que as pessoas conversavam e discutiam sobre os mais diversos assuntos, a palavra acabou por assumir o significado de “lugar onde se estuda”. Este era entendido como espaço vital em que se praticava o ócio, a discussão livre, a aprendizagem como experiência intensa, a salvo das pressões externas.
A palavra ocio  remete ao latim otium, presente na formação da palavra negotium, "ocupação", "negócio". Negotium é o "fazer", a negação do ócio. A partícula neg associada a otium confere à palavra "negócio" um sentido negativo.

Bom mesmo é o ócio pois, também, lembra preguiça e lazer, mas o conceito original de ócio refere-se a uma acção positiva, em que o ser humano se dedica a fazer coisas que têm a ver com a sua essência: pensar, ler, contemplar a natureza, viver a amizade, praticar a virtude, conhecer a verdade e viver eticamente bem.

Este fazer tem sempre uma componente de persistencia, de intranquilidade, de entrega, de comprometimento, de respeito, liberdade e lealdade. Nem sempre os alunos caminham junto ao professor...muitos teimam em ficar para trás por teimosia, desleixo existencial, capacidades mal aproveitadas e...acima de tudo uma estranha falta de encontro de sentido para o papel da escola na formação do ser humano para “a vida que esta la fora”.
Há outros, porém, que são autênticos presentes dos deuses – empenhados, com objectivos claramente definidos e fortemente esperançados num futuro que desconhecem, mas acreditam. E é um orgulho enorme vê-los brilhar nas suas profissões com narrativas proprias da sua formação quando ainda os conhecêramos meninos.
Meninos…Sempre admirei os professores que os acompanham desde cedo: as educadoras da infância tão espontânea e alegremente vivida, as docentes do primeiro ciclo que observam com curiosidade o momento em que os miúdos iniciam essa capacidade talentosa de ler e …bem, e depois todos os que na escola contribuem para a educandade do ser humano.
Este ano, a minha escola tornou-se grande – um agrupamento, dizem. A principio parecia um daqueles casamentos em que os noivos se conhecem mal e que, por isso mesmo, da lugar a umas picardias. Mas depois a convivência desvela curiosidades próprias de cada escola outrora mais só e, em meu entender, menos rica.

Por isto tudo, estamos aqui com a convicção de que e possível e inevitável continuar, mesmo que, por vezes, seja dolorosa a tarefa de libertação da ignorância num mundo cada vez mais perfurante.



A





Lola

Olhando o Mar!





              Como vemos o Mar?

As minhas memorias de infância levam-me até ao mar de uma praia do centro do pais onde cada verão eu regressava para passar alguns dias. Gostava de, ao cair da tarde, sozinha, percorrer os escassos metros que separavam a pequena casa de praia do largo areal salpicado por  montinhos de areia que permitiam que eu me sentasse, sem perder de vista a minha familia!


Era um prazer imenso sentir o vento trespassando a minha cara redondita projectando os cabelos que eu, com num jeito imediato alinhava debaixo do chapelito de palha que, mais por imposição que por vontade propria, me acompanhava sempre!
Olhando o Mar eu reflectia a saudade, o futuro; os afectos, a solidão, o silêncio e a distäncia como que a procurar o sentido da vida para além daquela linha do horizonte perdidamente  longinqua e infinitamente bela!




Na Filosofia...

Quando se aborda o conhecimento, hà que distinguir os diferentes niveis de conhecimento, nomeadamente o saber empirico, vulgar ou senso comum, do conhecimento cientifico e do saber filosofico. 
Todas estas abordagens são necessarias e mostram-se como que degraus de apreensão de uma realidade que se deixa envolver por multiplas e diferentes interpretações.







     
Para ouvir .... silenciosamente!



https://www.youtube.com/watch?v=FOCucJw7iT8

                                             Lola

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Antes de mais...






Antes de mais...

O blog nasceu hoje! Por imperativos de formação docente mas, e sobretudo, pela necessidade de comprometimento com o novo, o diferente, o prazeroso, misterioso e colorido num mundo em constante mutação perfurante.

Junto ao mar encontramos a serenidade, a solidão do recolhimento, a inspiração, a revolta, a desmedida, o horizonte imensamente longinquo e o olhar infinitamente perdido na ilusão de respostas que tardam à existência!

Adoro Filosofia e gosto do Mar!

Espaço e tempo de reflexão, o Mar tal como a Filosofia transportam-nos para a questão do sentido do humano - Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? indagações estas que desembocam na pergunta existencialmente inevitável: O QUE É O HOMEM?

Não é face ao Mar que, muitas das vezes, reflectimos estas e outras inquietudes antropológicas?

Como diz o meu amigo: "Continuo a ver nele um bom amigo, à maneira de Platão. Ouve-nos sem contestar, sem exigir nada..." (14 de junho de 2013)

No blog farei a relação de textos que vou escrevendo em forma de reflexão pessoal com temáticas abordadas na pela Filosofia!





Rosas que se perdem na distância 
de uma saudade que teima em fazer-me chorar 
no silêncio desta noite...

                                                        Lola