Saber de ti
Chove torrencial e demoradamente!
Rita apoia-se no peitoril da janela e vai cuidadosamente olhando as pingas de água que deslizam pela larga vidraça naquele momento em que parou um pouco para apreciar o mundo que está lá fora!
Nem sempre o faz, nem sempre lhe apetece permanecer do lado de lá de si própria, no exterior do que pensa, que sonha e que observa dentro dos momentos enormes que tomaram conta da sua estória de vida!
Rita já tem algumas décadas vincadas na sua memória desde que consegue recuar ao ano de 1962 - marcante na sua existência por motivos que não se esgotam no nascimento do seu irmão e no carinho redobrado que então recebeu por parte dos familiares e vizinhos da família.
Este é o ano que memorizou como sendo o inicio da sua vida consciente, da atenção e ligação aos pais, dos meninos correndo na rua, das brincadeiras ao esconde esconde, do jogo da macaca, marcada a giz branco, que permaneceu sulcada na terra do espaço contiguo do bairro em que sempre se lembra de ter vivido!
Este é o ano que memorizou como sendo o inicio da sua vida consciente, da atenção e ligação aos pais, dos meninos correndo na rua, das brincadeiras ao esconde esconde, do jogo da macaca, marcada a giz branco, que permaneceu sulcada na terra do espaço contiguo do bairro em que sempre se lembra de ter vivido!
Por vezes sentava-se na varanda do apartamento e com as pernas de cada lado dos ferros cantarolava uma musica que ouvia, com frequência, no radio lá de casa que sempre acompanhava os dias e se despedia à noite calando-se para o silêncio da noite.
De Pedro que, por essa altura iniciaria a existência do outro lado do mundo, nada sabia nem imaginava que um dia viria a constatar que em cada momento das nossas alegrias perdularias ou dos nossos choros infantis, muito de novo se envolve no e para o mundo humano!
Viver o encanto do por-vir é demasiado colorido para uma inqualificável desistência do agora!
Por isso e, à medida que a noite adormece, Rita acredita! Em quê?
Hà algum ser que um dia nos vai dizer com o brilho de um cristal que nunca souberamos apreciar...
De Pedro que, por essa altura iniciaria a existência do outro lado do mundo, nada sabia nem imaginava que um dia viria a constatar que em cada momento das nossas alegrias perdularias ou dos nossos choros infantis, muito de novo se envolve no e para o mundo humano!
Viver o encanto do por-vir é demasiado colorido para uma inqualificável desistência do agora!
Por isso e, à medida que a noite adormece, Rita acredita! Em quê?
Hà algum ser que um dia nos vai dizer com o brilho de um cristal que nunca souberamos apreciar...
GOSTO DE TI!