quarta-feira, 28 de junho de 2017

Não te ouvi chegar




Não te ouvi chegar


Não te ouvi chegar, nem sei o que aconteceu
Sei que de repente o mundo era tu e eu
E os dias que eram grandes ficaram bem menores
Para te olhar calma e decorar pormenores

Vieste de mansinho, direto ao coração
Sem que houvesse tempo para alguma precaução
Não sei se foi destino, não sei se existe ou não
Oh a seta do cupido com a força de um arpão

Foi um feliz acaso que nos aconteceu
Oh fenómeno astrológico que nos cruzou lá no céu
Ou pode ter sido a sorte ou talvez um Deus qualquer
Que te pôs no meu caminho para eu te conhecer

Vieste de mansinho, direto ao coração
Sem que houvesse tempo para alguma precaução
Não sei se foi destino, não sei se existe ou não
Oh a seta do cupido com a força de um arpão






Foi mesmo assim!

Vieste silenciosamente ao meu encontro,
 eu que demoradamente tinha o desejo de uma tranquilidade
 que teimava em nao amanhecer junto a mim!
Eu que entardecia em dias de sol brilhante, 
cujas lágrimas vedavam o meu olhar 
de si tao nebuloso e empobrecido!

Nao sei, efectivamente se foi sorte ou destino!

Mas tenho a certeza dourada 
pelo moreno aveludado do teu rosto que...
... foste o melhor que me aconteceu na vida
ainda que,
 geograficamente separados e
circunstancialmente à distancia 
mas nunca...nunca mesmo,
irremediavelmente,  ausentes!

Sabes porquê?

Porque te quero 
adoravelmente muito, 
porque entraste, delicadamente,
 no meu coração de Mar!

Adoro-te, my Dear!


                                               Lola

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Como estás?



Como estás?


Provavelmente bem... sem grandes desaforos, sem inesperados desconfortos, cumprindo rotinas que, por vezes, me soam a alguma amargura de passados outrora dialogicamente sorridentes em olhares que cada manhã se vestiam de lavado!

Eu estou razoavelmente bem! 
Com a saudade de ti que me acompanha desde aquelas ferias de verão que foste embora e que eu ainda acreditei voltar a ver-te logo que as tarefas começassem!

Hoje ouvi esta melodia e lembrei-me...que, por vezes, dou comigo a pensar mais em ti do que em mim própria! 
Porquê?
Porque sem o saberes vais preenchendo um vazio existencial que sempre me acompanhou e, sobretudo, porque aportaste à minha envolvência uma serenidade reconfortante que sempre persegui e nunca vislumbrei!

Nunca imaginei que ao longo deste saber que nos une, deste céu que se estende sobre nos...



https://www.youtube.com/watch?v=BJJ0C_DeqXc


e deste MAR que adormece à mesma hora nas nossas vidas, eu poderia imaginar que estavas algures com a doçura de voz que me encanta e a elegância de atitudes que me deslumbra...
...continuadamente!

Obrigado pela tua existência, 
my Dear!



                                              Lola

Gostar, Amar, Apaixonar









Gostar, Amar, Apaixonar


Gostar é muito relativo

Gostar de alguém é sentir um frio na barriga, mas manter os pés no chão. Gostar é querer estar junto, mas sem descartar outras oportunidades. Gostar é beijar, mas de vez em quando, abrir os olhos discretamente para conferir o ambiente.
Gostar é abraçar forte, mas não por muito tempo. Gostar é dedicar-se, mas com limites impostos. Gostar é querer ter, mas não ser teu. Gostar é querer dormir junto, mas acordar cedo no dia seguinte para outros compromissos.
Gostar é admirar as qualidades, mas ainda reparar nos poucos ou pequenos defeitos. Gostar é andar de mãos dadas, mas não sentir segurança. Gostar é dividir o chocolate preferido, mas ainda assim, ficar com a maior parte.
Gostar é passar o domingo juntos, mas fazer planos mirabolantes na segunda-feira. Gostar é tirar do sério, mas com a finalidade de testar o ponto fraco do outro. Gostar é frequentar a casa do outro, mas com o status de estarem a conhecer-se. Gostar é fazer planos, mas não ultrapassar mais de três dias. Gostar é viajar, mas sentir saudade do que ainda não acabou.
Gostar de alguém é como ter o jogo ganho, mas faltar uma carta. O verbo gostar traz consigo muitas incertezas e, ao mesmo tempo, muitas descobertas. Gostar de alguém é um risco do desconhecido.


Estar apaixonado é estares louco

Depois de conhecer um pouco esse alguém, as atitudes e as vontades acabam por ficar completamente incontroláveis. A paixão é um sentimento que descontrola qualquer racionalidade. As emoções explícitas são a principal marca dessa sensação.
Apaixonar-se por alguém é sinónimo de entrega absoluta. Os erros tornam-se acertos, o longe torna-se perto, o tarde torna-se cedo, a noite torna-se dia, a pobreza torna-se riqueza, o frio torna-se calor, o ruim torna-se bom, a fome torna-se saudade, o sono torna-se pensamentos.
Apaixonar-se por alguém é perder-se, ou encontrar-se por alguém.
Apaixonar-se é sentir o sangue a correr nas veias …
Apaixonar-se é tirar a roupa sem pensar duas vezes. Apaixonar-se é aproveitar todos os momentos, e em cada brecha, encontrar uma chance para satisfazer os desejos. Apaixonar-se é agir por impulso e depois arcar com as consequências, boas ou ruins. Apaixonar-se é sentir uma atração incontrolável, é deixar a vontade carnal sobressair ao teu juízo. Apaixonar-se é suar, tremer, gritar, gemer, arranhar, morder.
Apaixonar-se é ficar cego. E só depois de incendiar todas as labaredas, tentar acalmar-se e fazer de tudo para manter todas as chamas acesas.


Amar é ter todas as certezas de uma só vez

Amar alguém é viver o presente, absorver o melhor do passado e planear o futuro. Amar alguém é transformar os sonhos em realidade. Amar alguém é cuidar, zelar e proteger. Amar alguém é não ter dúvidas. Amar alguém é transformar uma briga num ensinamento.
Amar alguém é criar laços, ter filhos, envelhecer lado a lado. Amar alguém é resistir a todas as tentações, desavenças, crises, ciúmes, egoísmo. Amar alguém é surpreender, é presentear. Amar alguém é deixar claro o quanto essa pessoa é essencial, é dizer o quanto tudo mudou desde que ela se fez notável, é não ter vergonha de demonstrar qualquer afecto.
Amar alguém é libertar-se, partilhar e somar. Amar alguém é oferecermos toda a nossa bagagem de experiências, para conhecer e compreender o outro. Amar alguém é fazer essa pessoa feliz, proporcionar noites de sono tranquilas, é suprir todas as necessidades. Amar alguém é estender as mãos, apoiar, contrariar, mas nunca abandonar.
Amar alguém é trabalhar a paciência. É ressaltar a persistência e provar toda a tua determinação. Amar alguém não é um sacrifício, é sentir-se leve. Amar alguém não é prender-se, é ter muitas opções e ainda assim, escolher ficar.
Amar alguém é abrir mão do teu amor. Amar alguém, às vezes, pode ser a tua pior dor. Amar alguém é uma ferida que nunca vai cicatrizar ou deixar de existir. Amar alguém é carregar consigo a pessoa, por onde quer que tu estejas. Amar alguém é, em alguns casos, uma renúncia. Amar alguém é querer esquecer, e não conseguir.
Amar alguém é decisão do teu coração, e não uma opção indicada pelo teu dedo. Amar alguém não é responsabilidade do cupido, é a sentença que precisa ser cumprida. Amar alguém é confiar, transmitir segurança e não medir esforços.
Amar alguém é deixar a pessoa partir, e ainda assim, fazer de tudo para ela voltar. Amar alguém é sofrer calado ao ver que esse amor, não é mais teu. Amar alguém é ser repetitivo, tanto nas lágrimas que insistem em escorrer, quanto nos assuntos recorrentes. Amar alguém é perdoar e ceder.
Amar é precisar desistir, é perder todas as forças, mas apesar disso continuar a insistir.
Em todos os casos mencionados acima, eu não prometo um final feliz. Afinal, os sentimentos são como o mar: seduzem e depois podem afogar. De qualquer forma, a regra é clara: o que me oferecerem, eu ofereço três vezes mais.

(Source: 
Jessica Pellegrini)



Pedro, my Dear 
deixa-me simplesmente esperar-te 
e saborear o perfume do encontro... 
... as palavras até podem esperar, 
mas
a inevitável fusão dos olhares...
... desespera-me!

Porque te adoro!

                                                Lola


sexta-feira, 23 de junho de 2017

Amigo Verdadeiro



Amigo Verdadeiro
O que Distingue um Amigo Verdadeiro?
Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas. 

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta. 

Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c. 
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus.

 A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. 
E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser. 
Miguel Esteves Cardoso, 

in 'Os Meus Problemas' 


                                               Lola

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Colcha negra


Colcha negra
A floresta parece agora coberta por uma colcha negra, fria, que o vento acredita não ter terminado ainda de bordar. O ar já não cheira aos rebanhos, não quer mais nada da árvore, é apenas uma lenda que já não pode ser contada.
Pequena chama, destroçaste todos os exércitos da montanha, todos os guerreiros da floresta, a tua vitória estendeu--se até aos vales, derrotaste tudo o que estava certo, tudo o que se dizia certo, e tudo o que antes foi uma coisa equilibrada é agora outra coisa, gasta, morta, devastada.
O poder da tua estratégia, essa rápida aliança com o vento, levou-te a conhecer a fraqueza dos que não conseguem ler  sequer os segredos queimados dos pastores. Qualquer deles, se alguém o interrogar, terá de perguntar ao seu anjo
quem fez isto.

Joaquim Pessoa

O céu entardeceu muito cedo! 
Em Pedrogão Grande cerca de sessenta vidas adormeceram nas chamas!
Para quando o céu azul de Mar?

Lola

Corpos e Amores

Corpos e Amores
Todos os corpos, todos os amores
British Queer Art 1861-1967, na Tate Britain, explora uma complexidade de histórias, vidas e identidades por descobrir e contar. Ou como um conjunto de figuras, num mundo distante das movimentações LGBT, criaram um espaço de liberdade e de expressão para as suas obras e vidas.

Esta exposição, British Queer Art 1861-1967, é um princípio. Aqui, no sentido de corresponder não ao estabelecimento de uma teoria e de uma definição do que foi a arte queer em Inglaterra, mas o de uma tentativa não tanto de mapear documentos, imagens e objectos mas de explorar a complexidade de um conjunto de histórias, vidas e identidades que estão por descobrir e contar. Trata-se de uma exposição histórica porque se fixa num período marcado por dois acontecimentos determinantes: a abolição da pena de morte por sodomonia em 1861 e a descriminalização parcial do sexo entre homens em 1967. E trata-se de uma exposição local porque se concentra na produção artística produzida em Inglaterra durante aquele período. Ainda assim é um caso interessante de como um conjunto de figuras, ainda distantes da forma que os movimentos LGBT irão assumir posteriormente, conseguem criar um espaço de liberdade e de expressão não só para as suas obras, mas também para as suas vidas. Este é um dos pontos mais interessantes da exposição da Tate Britain: não se concentra tanto na maneira como a identidade de género de diferentes artistas era expressa numa pintura, numa escultura ou num poema, mas no modo como para estes autores as suas obras artísticas foram instrumentos de criação de uma identidade.

Desejo e afirmação

Ainda que possam fixar limites cronológicos e geográficos, a história que aqui se conta é uma história complicada de sexualidades e desejos a maior parte das vezes escondidos e dissimulados. Se com os universos sociais e artísticos de nomes como Virginia Woolf ou Oscar Wilde é fácil estabelecer uma relação, na maior dos casos ela está velada e, por isso, como explica a curadora Clare Carlow, esta é uma história difícil de contar porque, disse ao The Guadian, as obras demonstram atitudes muito diferentes que vão desde a ansiedade à celebração. E dá como exemplo a pintura de Walter Crane (1845-1915) de 1877, O renascimento de Vénus: “A mulher de Crane não queria que o marido pintasse e visse modelos femininas nus, por isso em vez de uma modelo para a sua deusa do amor ele usou um modelo novo bem conhecido chamado Alessandro di Marco. Mas este truque desmorou-se quando o pintor Frederick Leighton viu o trabalho na primeira exibição da pintura da Galeria Grosvenor naquele ano e gritou: ‘Mas meu querido, isso não é Afrodite, é Alessandro!’, supostamente acrescentando que, na luz do sol italiana, o menino passou por Venus.” Esta história é interessante porque numa era que condenou as mulheres por se exporem despidas diante dos artistas, é o corpo masculino que assume o lugar central nesse universo sensual e formal feminino que inspirou tantos artistas.
E que a arte seja lugar de articulação de desejo e sensualidade é também o que dá fama a outra pintura famosa nesta exposição em que a artista se auto-representa enquanto contempladora de um nu feminino. Auto-Retrato com Nu [Self Portrait with Nude, 1913] de Laura Knight (1877-1970), foi vista muitas vezes como perigosa, repelente e vulgar, nas palavras de um crítico do Daily Telegraph. Trata-se de uma obra com qualidades formais evidentes, como a invulgar utilização de cores, a sobreposição de diferentes planos espaciais, a composição complexa em que a artista usa um jogo de espelhos para representar o seu próprio atelier e a sua actividade de pintora. No entanto a Royal Academy recusou-se a expor a pintura, ainda que depois em 1936 fizesse desta artista a primeira mulher a receber o estatuto de membro permanente. A recusa baseava-se não tanto em questões artísticas, mas no modo como se tratava de uma obra crítica em primeiro lugar da proibição vigente em Inglaterra que impedia as estudantes de participarem nas aulas de modelo vivo: em contraste com o seus colegas homens, tinham de pintar os corpos a partir de representações e obras pré-existentes e esta pintura é um claro desafio a essa norma por colocar no espaço do atelier de uma artista um corpo nu feminino a ser pintado; em segundo lugar, através da duplicação de corpos, Auto-Retrato com Nu pode ser entendida como lugar de desejo feminino e da sua afirmação.


 NUNO CRESPO Londres 
17 de Junho de 2017, 14:06



Lola

É urgente o amor




É urgente o amor
É urgente o amor. 
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente permanecer. 

Eugénio de Andrade 





Lola

Um Lobo do Mar




Um Lobo do Mar



Afinal, quem é o lobo do Mar?
Todos nos já, em algum momento, ouvimos falar dele e das suas ousadias no Mar!
Chegou um dia a Portugal, o homem de quem se ouvem os melhores e maiores elogios que enfrenta as big waves do Canhao da Nazaré, local pelo qual se apaixonou e que foi testemunha da sua paixao com Nicole!
GMac, como é carinhosamente tratado por amigos e familiares é um americano de 49 anos, com 1,78 de altura que sente Portugal com um orgulho inexcedivel.
Garrett McNamara, conhece Portugal desde 2010. Foi amor à primeira vista…ou foi um apelo do Mar de que tanto gosta,que o chamou para com ele dialogar sobre as poderosas e inalcançaveis ondas que so ele sabe como como tratar perante os olhares de quem respeita e admira a relaçao perfurante do homem com o Mar!
 Depois disso já cà esteve variadíssimas e até decidiu casar  no país. Com Nicole Macias, hoje McNamara – casaram-se no farol da Nazaré , em frente ao local onde surfou a maior onda gigante, no Canhão -, encontrou o apoio e o equilíbrio que precisava na sua vida.





“O que digo a qualquer americano, é que, se alguma vez pensar em ir à Europa, vá primeiro a Portugal”, afirma o surfista. “Tem as melhores praias, a melhor comida, a gente mais simpática. E o tempo é fabuloso! Trata-se do segredo mais bem guardado da Europa.”

McNamara, que já diz algumas palavras em português, nasceu em Pittsfield, Massachusetts, mas mudou-se com um ano de idade para a Califórnia e uma década depois para o Havaí, onde ainda está. O surfista profissional diz que viaja por todo o mundo “à procura das melhores ondas e climas.”


Com a experiência de quem se põe em cima das pranchas há 35 anos, ensina: “Estejam sempre agradecidos por aquilo que têm e não pensem que a relva é mais verdejante no quintal do vizinho.”

Quase sempre com dificuldades económicas, pois sempre quis viver do surf – o que não era, nem é, fácil para a generalidade dos surfistas. Só alguns consagrados o conseguiam, e conseguem. Mas ele nunca desistiu do seu intento – sempre procurou forma de ultrapassar essas dificuldades – no mar e em terra.



Percebeu então que, para o seu estilo e competências pessoais, só as ondas gigantes o poderiam destacar dos demais. Àquelas ondas gigantes, que amedrontavam e afugentavam a maioria dos surfistas, ele conseguia olhá-las de frente. Não é que não tivesse medo delas, mas a grande qualidade de GMac era o controlo mental do medo, que aprendeu a utilizar no momento próprio. 




A famosa onda de 23,8 metros, surfada no Canhão da Nazaré, em Novembro de 2011, valeu-lhe então o título de ‘maior onda surfada no Planeta’, atribuído por um painel de peritos do surf, o qual se juntou para determinar a verdadeira altura da onda.





Esse foi o grande mérito de Garrett McNamara – colocou o Canhão e a Nazaré no mapa internacional, trazendo até ele milhares e milhares de forasteiros. Seja inverno ou verão, é ver o corropio de forasteiros a quererem conhecer o Canhão das ondas gigantes.
Penso que ainda é cedo para se perceber o verdadeiro impacto da onda surfada por McNamara. Vai levar ainda mais alguns anos até se tornar um verdadeiro ritual vir à Nazaré conhecer o Canhão. A Nazaré já era muito conhecida em Portugal e no estrangeiro, pelo seu tipicismo, pela mulher das sete saias, mas passou a ser muito mais depois de McNamara. A onda gigante correu mundo, passou em todas as estações de televisão e propagou-se pela blogosfera e pelas redes sociais. 


Outras ondas semelhantes já ocorreram, entretanto, no Canhão da Nazaré. Hoje, já o Promontório se enche de visitantes logo  que a meteorologia refere a existência de condições para a ocorrência de ondas maiores – todos querem ver, in loco, as ondas grandes e os corajosos lobos do mar.
Com GMac, têm vindo à Nazaré muitos nomes consagrados do surf mundial. E não pode também deixar de se lembrar todos os jovens que têm sido, e continuarão a ser, influenciados pelo feito de McNamara.
A Nazaré deve a GMac o grande impulso no turismo que jà tardava e GMac deve à Nazaré a oportunidade que o nosso Mar lhe disponibilizava e que ele  procurava na sua vida, para obter finalmente uma situação económica familiar mais desafogada. 
Ambos são dignos um do outro e merecem-se!
GMac jamais esquecerà a Nazaré e a Nazaré será sempre uma informação inerente ao ADN de Garrett McNamara.






Um dia destes o surfista das big waves escreveu um livro curioso, tal como o titulo que para ele escolheu! Com titulo original, o livro ‘Hound of the Sea’, traduzido e publicado em Portugal com o título de ‘Lobo do Mar’. é um livro que vale a pena ler, pelos ensinamentos que dele se podem tirar. Penso que os jovens podem aprender muito com a sua determinação e luta contra as adversidades, deste homem corajoso e humilde, que se apaixonou pela Nazaré e quer retribuir o que a Nazaré lhe proporcionou. 
O homem das ondas grandes, ou big waves, que veio desafiar as enormes ondas do Canhão da Nazaré, está de parabéns com este seu primeiro livro. É um livro muito interessante, emocionante, aqui e ali, que conta a sua vida atribulada nos EUA, desde a infância, sempre saltando de terra em terra, com os pais, depois com a mãe (quais nómadas em território americano), a que se seguiu a paixão pelo surf, até ao momento presente. Aqui, em Portugal, a sua vida de infância é comparável à vida nómada dos ciganos – aliás, a sua mãe era alcunhada de ‘gitana’ (cigana), conforme GMac afirma no seu livro.

 Como ele diz no livro, ‘é a nossa mente que produz o medo’ e, portanto, será a nossa mente que tem de o controlar e afugentar!



O fotógrafo Boino acrescentou: 
"Apesar de bonitas, o poder das ondas é 
no litoral de Nazaré é assustador. 
Enquanto as ondas são perfeitas 
para serem admiradas,
 elas também são destrutivas e perigosas".







TAG Heuer
Garrett McNamara em entrevista exclusiva


EdT47 — A TAG Heuer Portugal anunciou, no passado dia 9 de abril, Garrett McNamara como amigo da marca. Para já, ainda não foram revelados os principais detalhes desta associação, mas sabemos que dará bons frutos em breve. A este propósito, recordamos a entrevista que fizemos ao famoso surfista — no âmbito da edição da Espiral do Tempo, dedicada ao mar. 




Garrett McNamara com um TAG Heuer Aquaracer 500 Ceramic (Ref. WAK2110.BA0830). © Espiral do Tempo/ Kenton Thatcher

A maior onda do mundo alguma vez surfada foi-o por Garrett McNamara, na Nazaré. É isso que faz de Gmac um nazareno? Não. O próprio diz que foi o mar, as paisagens, a gastronomia e, sobretudo, o povo da Nazaré que o fizeram apaixonar-se pelo «mais bem guardado segredo da Europa». Outros dizem que foi a sua personalidade, cativante, que apaixonou os nazarenos, levando-os a adotá-lo como um dos seus. Uma coisa é certa, a cumplicidade das gentes da Nazaré com este americano, que enfrentou e venceu o Adamastor nazareno, é evidente. A personalidade inspiradora do americano também.

Pat Garrett e Billy the Kid pertencem à mitologia americana. É verdade que o Garrett era uma espécie de Billy quando era miúdo?
(pausa) Bem, soa-me bem. A minha mãe diz que eu, quando tinha um ano, escapei de casa, e foram dar comigo a um quilómetro. Até aos 11 anos, quando mudámos para o Havai, estava sempre à procura de emoções fortes e a fazer coisas doidas. A partir daquela altura, tudo o que fazia era surfar.

Como é que o surf entrou na sua vida?
A minha mãe obrigou-nos a ir para o Havai, e foi aí que tudo começou, na costa norte de Oahu. Naquela altura, gostávamos muito de fazer skateboarding e o surf era como fazer skate na água. Era lindo: a água era quente e mais conveniente, porque é preferível cair na água do que no cimento. (risos) Tudo aquilo de que nós precisávamos na vida era de uma prancha de surf.

O que o atraiu nas ondas grandes?
Ao princípio, tinha medo das ondas grandes e, até aos 16 anos, achava que nunca surfaria ondas com mais de dez metros. A primeira vez que o fiz não correu bem, mas, depois, houve um dia em que me saí muito bem e amei a sensação, de tal forma que achei que queria ondas cada vez maiores, que queria viver para as ondas grandes.
Foi nessa altura que pensou em tornar-se profissional?
Não, isso foi um pouco por acidente. A partir dos 16 anos, fazia surf o dia todo, mas nunca pensei que pudesse fazê-lo profissionalmente, porque havia muita gente muito melhor do que eu que comecei um bocado tarde. Aos 17 anos, estava a acabar o liceu e não tinha a certeza do que poderia vir a fazer na vida. Tinha um patrocinador que me inscreveu numa prova — que eu não ganhei, mas onde fui suficientemente longe para ganhar dinheiro — e, naquela altura, se ganhássemos dinheiro éramos considerados profissionais. Aceitei alegremente o dinheiro e tornei-me surfista profissional. (risos)





Garrett McNamara com a prancha com a qual bateu o recorde de maior onda alguma vez surfada, em 2011. No pulso está a usar um TAG Heuer Aquaracer Chronograph (Ref. CAN1011.BA0821). © Espiral do Tempo/ Kenton Thatcher

Lembra-se dessa primeira grande onda?
Da onda exatamente não, mas lembro-me do dia, da sessão. Lembro-me de ter usado a prancha de um amigo e de lha ter partido. (risos)

É depois de entrar no circuito profissional que aprende a falar fluentemente japonês. Porquê japonês?
No Havai, há muitos japoneses e um dos nossos melhores amigos era japonês, e era uma espécie de embaixador não oficial. Ele recebia muitos japoneses que iam surfar para o Havai. Nós andávamos juntos, e foi assim que comecei a aprender a falar japonês. Depois, arranjei patrocinadores japoneses e comecei a ir ao Japão todos os anos.

O Japão é ‘surfável’?
Sim, sim, há muito boas ondas — e grandes também — no Japão. Bem, não em Fukushima…

São curiosas, as voltas da vida. Sabe que há palavras japonesas que derivam do português?
Há palavras japonesas que derivam do português?

Sim. Os portugueses foram os primeiros ocidentais a chegar ao Japão, em meados do séc. XVI, e, mais tarde, no final deste século, um português escreveu a primeira gramática de japonês e o primeiro dicionário japonês-português.
Uau, não fazia ideia.

Porque acha que a Nazaré era um segredo, até o Garrett a descobrir?
Não sei. O Kelly Slater já tinha andado a surfar aqui dois anos antes de mim, e sei que se punha aqui nas rochas a ver as ondas. Ele er
a a única pessoa com quem eu estava em contacto e com quem eu falava em surfar aqui.

Mas ele não se deixou seduzir pelas ondas grandes…
Ele gosta de ondas grandes, mas não de ondas gigantes.



Garrett McNamara foi agora anunciado pela TAG Heuer Portugal como amigo da marca. O surfista americano foi capa da Espiral do Tempo em 2014 .

Em matéria de surf, o que torna a Nazaré diferente de Jaws, por exemplo? O que a torna tão desafiante?
O que a torna única é o canhão subaquático e o facto de a onda nunca quebrar duas vezes seguidas no mesmo sítio, estando sempre a mexer-se, sempre em movimento. O fundo do mar da Nazaré não é recife, é areia, por isso tudo muda: as marés mudam, o fundo do mar muda, as ondas mudam.

Há a onda perfeita, aquela que o deixaria definitivamente satisfeito?
A onda perfeita para mim terá 15 a 20 pés (4,5 m – 6 m) e um tubo perfeito. As Fiji têm a onda perfeita. Em Portugal, também deve haver. Há tantas ondas em Portugal que o meu sonho, a minha onda, tem de estar aqui. (risos)

A incerteza deste mar aumenta o perigo, certo?
Sim, porque não é previsível. Pode-se estar a descer a onda e as coisas mudarem.

E o que se faz então?
Tenho de continuar a surfar a onda, seguir em frente, continuar com ela, lidar com ela… (risos)

É nesta altura que a segurança se torna importante, presumo. Que logística lhe permite surfar estas ondas com alguma segurança?
A segurança é a linha que separa a vida da morte, ficar ferido de não ficar. Comecei a observar atentamente o mar, a verificar sites, a preocupar-me com a segurança ainda no Havai. Aqui temos tudo em condições: três jet ski, nadadores-salvadores, bombeiros, ambulância, comunicações. É uma grande operação. Quando surfamos este tipo de ondas, temos de confiar em nós próprios acima de tudo, mas é bom ter outras pessoas que te possam dar indicações e ajudar.

Foi a preocupação com a segurança que o arrastou para a parceria com a Mercedes Benz?
Sim. Uma prancha, para fazer este tipo de ondas, tem de ir mais depressa do que as outras, tem de ser forte, mais leve nuns sítios, mais pesada noutros, equilibrada, flexível nuns sítios, dura noutros. Pode surfar-se estas ondas com outras pranchas, mas é simpático ter uma prancha que faz uma parte do trabalho. A prancha, de facto, funciona.



Uma das suas mais emblemáticas experiências foi a de surfar as ondas provocadas pelo degelo de glaciares. Foi uma experiência que teve muito que ver com a gestão do tempo porque esteve uma semana, dias inteiros, horas a fio, à espera de que caísse um bocado suficientemente grande do glaciar para provocar a onda. Em que pensou, enquanto olhava para o glaciar?
A princípio, a ideia era gira, mas a realidade tornou-se assustadora. O primeiro dia foi mesmo desafiante e eu queria ir-me embora, queria desistir. Ficámos e, à medida que o tempo passava, eu ia ficando mais confortável com a situação, e começou a tornar-se divertido. Não era seguro, de todo, mas tínhamos estudado o necessário e tivemos tempo para enfrentar os nossos medos.

Às vezes, está horas na água. Está sempre concentrado ou dispersa-se?
Estou sempre concentrado. No caso que referiu, às vezes tinha o meu colega a fumar ou a dormitar no jet ski, mas eu estava muito focado e preocupado com a situação. Não nos podemos dispersar.

Que tipo de treino físico e psicológico faz?
Ioga, corrida, circuito, tipo CrossFit, mas sem os pesos. Mas ioga é ótimo.

A gastronomia portuguesa é compatível com a dieta exigida?
É notável. Como muita coisa, mas sobretudo sopa, salada e algum marisco.





Quando surfa uma onda gigante, aqueles segundos parecem-lhe horas?
Não; tudo passa muito depressa, mesmo muito depressa. (risos)

E ter uma parede de 30 metros de água atrás de si que ameaça cair-lhe em cima, não o perturba?
Não. Estou muito concentrado em surfar bem, em fazer as coisas bem-feitas; em entrar no tubo, e em quando virar. Quando eu estou no topo da onda, vejo o filme do que devo fazer, e tento fazê-lo, estando atento às alterações que possa haver. Temos tempo para olhar, para usar os nossos conhecimentos, para avaliar, para pensar no que fazer e em como fazê-lo. Não pensamos no medo, estamos demasiado concentrados. É quando começamos a pensar noutras coisas que o medo se atravessa.



Garrett McNamara posa no farol do forte da Nazaré, ao lado da prancha que desenvolveu em parceria com a Mercedes. © Espiral do Tempo/Kenton Thatcher

E quando faz o seu desporto favorito: andar enrolado nas ondas? Os segundos parecem então horas ou está a divertir-se demasiado?
(risos) É, é mesmo divertido. De repente, tornamo-nos num grão de areia, ficamos totalmente sem controlo e, por isso, sentimo-nos especialmente vivos. Temos de nos concentrar em relaxar e deixarmo-nos ir. Às vezes, parece muito tempo, mas estamos a falar de 20, 30 segundos; não estamos debaixo de água assim tanto tempo. Parece, mas não é. A ansiedade é que pode tornar este tempo maior. O pior é quando são duas ondas seguidas, então já pode passar para o minuto e tal. A sensação é a de estar dentro de uma máquina de lavar roupa: é violento, sobretudo se tentarmos contrariar a força da água. Mas se nos deixarmos ir, é divertido. (risos) É sempre divertido, desde que não nos aleijemos.

O que fizeram o mar e o surf por si?
O mar é o meu recreio e a minha igreja. É a coisa que mais me tranquiliza, é rejuvenescedor e torna-nos humildes. Se não faço surf durante uns dias ou uma semana, quando volto à agua tenho uma sensação fantástica de deleite, de regresso a casa. Lar, doce lar. (risos)

Até quando, Garrett?
Penso que vou surfar o resto da minha vida: se não dentro de água, a ajudar outros. Já estou mais numa onda de ajudar os outros a atingir os objetivos deles do que na de alcançar os meus. Hoje, encontro mais satisfação nisto; em ajudar alguém a surfar pela primeira vez, por exemplo. É tão bom ver o gozo dos outros, e a sensação de realização deles faz-me gostar ainda mais do surf, pelo prazer e pela afirmação pessoal que ele pode proporcionar. É bom partilhar a felicidade e é divertido fazer as pessoas felizes; nada nos faz sentir melhor do que fazer os outros felizes. É das melhores recompensas: ver o sorriso na cara dos outros e dar-lhes qualquer coisa sem esperar nada em troca.

Há uma ideia do mundo do surf onde há sempre raparigas louras e bronzeadas, um mundo de pessoas descontraídas, afáveis e saudáveis. Quão longe está a realidade daquilo que imaginamos?
É um belo quadro, esse, de facto. (risos) Mas a minha vida agora é mais socialmente responsável. A minha preocupação hoje é «o que é que eu posso fazer para ajudar», já não é «o que é que eu posso obter». Tenho tido ótimas experiências quando me convidam a ir a escolas falar com miúdos e lhes posso transmitir a minha experiência… dizer-lhes que eles podem fazer o que amam na vida, que não têm de se conformar, seja com o emprego, seja com a mulher que está mais próxima. Digo-lhes que procurem a paixão deles, a alma gémea, que se rodeiem de gente saudável, e que então tudo será possível.




Garrett McNamara sente-se particularmente bem em Portugal e sente-se reconhecido pelo acolhimento que teve no nosso país. © Kenton Thatcher

O que é que o Garrett gostava de ter sido, se não fosse um surfista profissional?(Pausa longa) Um chef — adoro cozinhar. Um fotógrafo — adoro fotografia. Mas, honestamente, não me vejo a fazer outra coisa profissionalmente. Gosto de ensinar os miúdos a surfar, gosto de fazer conferências, de motivar as pessoas, de as ajudar a atingir os objetivos. Gosto de inspirar os outros como eu fui inspirado. Portugal inspirou-me. Se eu conseguir inspirar uma criança, um trabalhador, um académico, é ótimo. A vida tem muito de partilha.

Isso da partilha é muito próprio da cultura do surf, não é?
Sim, mas… (risos) o surf pode ser um desporto extremamente egoísta, atenção, porque é um mundo de competição. Mas se o fizermos ascender a um outro nível e o partilharmos com os outros, pode ser como uma grande família onde todos tomam conta de todos.

Tem a noção de que é um exemplo, pela sua conduta e atitude?
Acho surpreendente. Sabe, normalmente, tendemos a invejar a paisagem verde que está do outro lado da estrada, mas Portugal é todo ele verde. Eu tenho os meus braços e as minhas pernas, e há pessoas sem braços ou sem pernas que são felizes. Há pessoas com dramas terríveis, tráfico sexual, por exemplo, e nós queixamo-nos de coisas insignificantes. Exageramos os nossos problemas e acho que temos de estar gratos pelo que temos, concentrarmo-nos em viver, em encontrar a nossa paixão, não nos deixarmos quebrar pelas pressões de termos de fazer isto e aquilo. Podemos fazer aquilo de que gostamos. Trabalhar com miúdos tem isto de bom — é fácil, eles tornam as coisas fáceis. Quando se é mais velho, é-se mais cauteloso. Não gosto de dar falsas esperanças às pessoas, de as convencer de algo que seja inatingível, mas nunca é tarde demais. Tracem um plano, um bom plano, um plano inteligente — não um feito na areia — e se o fizerem, tudo será possível.






Qual é a importância de haver uma grande mulher por trás do grande homem?
As pessoas de quem nos rodeamos na vida são algo muito importante. Com boa gente à volta e uma mulher extraordinária, tudo é possível. Uma boa mulher é a diferença entre estarmos felizes ou não. Se não te rodeias de boas pessoas, de pessoas de quem gostas, a vida torna-se muito desafiante, muito difícil. A vida resume-se, em larga medida, a escolher as pessoas certas para nos acompanharem. Estou muito contente por me terem convidado a vir a Portugal e por me terem recebido como receberam. Estas ondas estão aqui desde sempre; Portugal está aqui desde sempre; os portugueses governaram meio mundo, reinaram no mar, e eu sinto-me extremamente reconhecido pelo vosso acolhimento. ET_simb

in Espiral do Tempo: costa.dias@companyone.pt





Benvindo a Portugal,  Garrett McNamara!




                                              Lola