domingo, 4 de maio de 2014

Mãe




Mãe


Mãe

Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei,
tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa.
Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!

Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!


josé de almada negreiros
a invenção do dia claro







                                            Lola


sábado, 3 de maio de 2014

Junto ao Mar


Junto ao Mar

Conheci-te junto ao mar
porque dele falamos
dele gostamos
nele vivemos saudades
nele, sentados, conversamos
com ele sonhariamos um futuro possivel
sem malas,
 nem passados
nem vãs imagens da futilidade!
No mar encontrariamos o barquito de madeira envelhecida apenas com dois copos...
para festejar
 o inicio de um olhar eternamente cumplice ...

Junto ao mar!




                                         Lola


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Aviões




Aviões


Adorei esta foto do João, meu (ex) aluno e meu colega!
Confesso ... custa-me muito, mesmo muito escrever (ex) porque, para mim não  hà ex alunos, hà, simplesmente,  alunos de um outro tempo que não o de hoje!

Um dia destes, disse-lhe  que  deveria, desinteressadamente, enviar estas fotos para a companhia aérea, pela beleza que elas transportam, pelo deslumbre imagètico que elas nos recordam quando da pequenita janela de uma destas màquinas se persegue deliciosamente a paisagem luminosa da terra em miniaturas quadriculadas ou, e sobretudo, da imensidão do MAR! 
De vez em quando, o João vai com um grupo de amantes destes  passaros gigantes para o aeroporto fotografar, so como ele sabe, encontrando a melhor perspectiva para captar e, por vezes, partilhar!

Sinto pelo João um enorme orgulho!
E sabem porquê?

O João vai ver os aviões porque adora a nobre arte da fotografia ... mas, e sobretudo,  porque é um (dos muitos) professor desempregado e isto entristece o meu desejo imperativo de sentir que hà  meninos de uma qualquer escola deste pais que estão privados de conhecer e aprender com um docente humilde nas atitudes, humano nas relações e competente nos conhecimentos!

Doi a alma saber que o João tem todo o tempo e vai ver os aviões ... também porque é um professor desempregado que não desiste do seu pais!

Gosto muito de si, João. Sabia?




Um dia irei consigo ver o MAR por onde os aviões passam docemente...






                                            Lola


Lambreta




Lambreta

Após a 2ª Guerra Mundial, Ferdinando Innocenti enfrentou o trabalho da reconstrução de sua fábrica de tubos de aço sem costura. A fábrica estava situada em Lambratte, Milão, que havia sido reduzida a escombros e fumaça. Ferdinando percebeu que as necessidades básicas de seu país eram duas: iniciar a produção de equipamento industrial e maquinaria pesada; e prover a população de um meio de transporte barato e seguro.


Ferdinando se uniu ao engenheiro Pierluigi Torre e projetaram um veículo de baixo custo de produção, de manutenção e com proteção melhor do que uma motocicleta convencional para as mudanças climáticas: chuva, frio, neve, etc. Esse veículo foi a Lambretta.



A produção da Lambretta começou em 1947 na Itália, após um ano de desenvolvimento e testes do protótipo. A primeira Lambretta foi nomeada naturalmente de Modelo UM, e tinha como característica um motor de dois tempos com um único cilindro, com pistão de 52 a 58 mm de diâmetro. Isto dava ao novo modelo 123 cc de volume de deslocamento e 4.2 bhp desenvolvidos a 4400 rpm. Funcionando com taxa de compressão na relação de 6:1, o Modelo UM rodava até 33 quilômetros com 1 litro de gasolina, um argumento forte de venda em uma Itália escassa em combustível. O chassi no qual esta pequena máquina estava montada era um tipo de painel tubular, com um plataforma, no qual o piloto colocava os pés.

In Wikipédia



História da Lambreta no mundo
Ferdinando Innocenti, italiano nascido em 01 de setembro de 1891, após concluir o 3° ano da escola técnica, juntou-se ao seu pai um ferreiro. Aos 18 anos, iniciou com sua família um negócio de compra de ferro utilizado na drenagem dos pântanos de Maremma. O ferro era trocado por óleo, que era vendido gerando grandes lucros.
Em 1920 iniciou estudos sobre possíveis aplicações com tubos de aço.   Após muitas dificuldades, com o grande crescimento econômico da Itália devido a política fascista na década de 20, Ferdinando trabalhou para o crescimento de sua indústria, fornecendo seus tubos de ferro para as mais diversas aplicações:  Andaimes, torres de alta tensão, portões, cercas, postes, sistemas de irrigação, drenagem, canos, equipamentos de ginástica, esgrima, tubos para termoelétricas, gás, cilindros de ar-comprimido, tanques para vagões de trem, eixos para hélices, tubos para indústria automobilística, vidraceira e muitas outros. Usos muito variados, porém tecnicamente a produção dos tubos de ferro não era muito diferente. 
Após a II Guerra Mundial Ferdinando Innocenti, enfrentou o árduo trabalho da reconstrução de sua fábrica situada em Lambratte (daí o nome Lambretta), Milão, que havia sido vermelhouzida a uma pilha escombros e fumaça durante bombardeio dos Aliados. Percebeu neste momento que as necessidades primárias de seu país eram duas, a primeira era a de começar a produção de equipamento industrial e maquinaria pesada; e a segunda prover de um método barato e seguro o transporte da população.



Ferdinando se uniu ao engenheiro Pierluigi Torre que idealizou um veículo de baixo custo de produção , barato de se manter, e com proteção melhor que uma motocicleta para as mudanças de tempo (chuva, frio, neve, etc.): a Lambretta.
A produção da Lambretta começou em 1947, depois de um ano gasto com desenvolvimento e teste do novo protótipo. A primeira Lambretta foi inspirada num veículo militar modelo “Cushman”, empregado pelo exército americano durante a II Guerra que era utilizado para transporte individual de uma divisão motorizada
Naturalmente foi batizada de Modelo UM, que tinha como característica um motor de dois tempos com um único cilindro, e enfadonho, mas eficiente pistão de 52 a 58 mm de diâmetro. Isto dava ao novo modelo, 123 cc de potência e 4.2 bhp desenvolvidos a 4400 rpm. Operando com taxa de compressão na relação de 6:1 , o Modelo UM desenvolvia até 33 quilômetros com 1 litro de gasolina, um ponto forte de venda, em uma Itália escassa em combustível. O chassi no qual esta pequena máquina estava montada, era um tipo de painel tubular, com um plataforma, no qual o piloto colocava os pés.
A Lambretta foi a primeira fábrica de veículos do Brasil, saindo na frente até mesmo da indústria automobilística. A implantação da fábrica Lambretta do Brasil S.A.- Indústrias Mecânicas em 1955 , como uma licenciada da Inocentti, no bairro da Lapa em São Paulo, coincidiu com a moda mundial da motoneta ( scooter ), na década de 50. A produção entre 1958 e 1960, o apogeu da marca, superou a quantidade de 50.000 unidades por ano.


Um dos pontos fortes da Lambretta era a boa estabilidade, devido ao baixo centro de gravidade proporcionado pelo motor próximo da roda traseira. O motor 2 tempos tinha boa refrigeração mesmo em Marcha lenta, proporcionada por uma ventoinha.
A partir de 1960 foi lançado o modelo LI (corresponde ao modelo “série 2 ” que foi lançado pela Innocenti na Itália em outubro de 1959) que substituía o eixo cardan por corrente, câmbio de 4 Marçoas, pneus aro 10″ ao invés de 8″ além de outras modificações, inclusive na versão Lambrecar.
Em 1964 a fábrica lançava uma versão com um motor mais potente, O modelo X de 175cc. Muda sua denominação para Cia. Industrial Pasco Lambretta , fazendo apenas uma mudança da razão social: Pasco é a abreviatura de Pascowitch, nome do proprietário da empresa desde sua implantação inicial.


Em 1970 Felipe Pugliese, então o maior acionista, comprou a fábrica juntamente com o empresário Oliveiro Brumana. mudando a razão social da fábrica para Brumana & Pugliesi S.A. – Indústria e Comércio de Motores e Veículos. Começou então uma tentativa de recuperação da fábrica: foram construídas novas instalações, na via Anhangüera, com 19 mil metros quadrados de área e 12 mil construídos. Foi adquirido maquinário completo para produzir uma 125cc nacional.
Em 1971, numa tentativa de melhorar o mercado, a Lambretta lançou uma moto híbrida com motoneta, a Xispa, com projeto e componentes totalmente nacionais em versão de 150cc e 175cc que ficou em linha até 1979.
Mas a indústria automobilística já tinha se implantado e o mercado das motocicletas se aquecia com a entrada das japonesas. A Lambretta quase fechou neste momento. Em 1976 a Brumana Pugliese lança o ciclomotor Ponei, utilizando componentes da Xispa e um motor parecido com o da Garelli, ficando em linha até 1980.
O modelo LI evoluiu para a bela Cynthia lançada em 150 e 175cc, ao mesmo tempo que era lançada a MS150 que era mais estreita que a primeira e tinha as tampas laterais cortadas, pelo que recebeu o apelido de “mini saia”.
Mas faltou capital e a Honda e a Yamaha lançaram primeiro suas 125 cc, e o maquinário ficou guardado em um canto da indústria, sem qualquer utilização. A Lambretta parou de produzir a motoneta (scooter) e passou por uma grande crise. Finalmente em 1979, como último suspiro, lançou a Lambretta Br Tork nas versões 125P, 125T e de 150cc, voltado para o segmento de veículos populares com preços acessíveis.
A fábrica faliu em 1982. Sua congênere na Argentina a Siambretta fechou as portas no final da década de 60.
 Hoje a Lambretta ainda é produzida na Índia pela “S.I.L” ( Scooters India Ltd) porém somente o triciclo conhecido como “Tuk Tuk”.



In Teresa Gago
Portal AutoClassic
Rio de Janeiro – Brasil



Jà percorri Paris numa Lambreta elegante!
Uma sensação de Liberdade infinita... 
Gostava de ter uma... 
para ir para a escola...

Mas...
Teria de ser VERMELHA!



                                    Lola