sábado, 21 de setembro de 2013

Escola

Escola Secundaria de Arouca



A Escola é um vitral



 Adoro a Escola !
 E sinto por ela um carinho tão especial que desde os meus sete anos de vida nunca mais a abandonei.
Não se pense, no entanto que foi facil viver a escola quer como aluna quer como professora. Constato, porem,  que de ha uns anos para ca “esta nobre arte de ensinar” esta cada vez muito mais exigente, envolvente, trabalhosa e a necessitar, sistematicamente, de uma atenção redobrada face a jovens de si seres multi complexos e misteriosos.
E, afinal, o que é a escola?
“Escola” tem origem no vocabulo grego SCHOLÉ, que,  paradoxalmente, significa “descanso, folga e  ócio”. Como era nesses momentos que as pessoas conversavam e discutiam sobre os mais diversos assuntos, a palavra acabou por assumir o significado de “lugar onde se estuda”. Este era entendido como espaço vital em que se praticava o ócio, a discussão livre, a aprendizagem como experiência intensa, a salvo das pressões externas.
A palavra ocio  remete ao latim otium, presente na formação da palavra negotium, "ocupação", "negócio". Negotium é o "fazer", a negação do ócio. A partícula neg associada a otium confere à palavra "negócio" um sentido negativo.

Bom mesmo é o ócio pois, também, lembra preguiça e lazer, mas o conceito original de ócio refere-se a uma acção positiva, em que o ser humano se dedica a fazer coisas que têm a ver com a sua essência: pensar, ler, contemplar a natureza, viver a amizade, praticar a virtude, conhecer a verdade e viver eticamente bem.

Este fazer tem sempre uma componente de persistencia, de intranquilidade, de entrega, de comprometimento, de respeito, liberdade e lealdade. Nem sempre os alunos caminham junto ao professor...muitos teimam em ficar para trás por teimosia, desleixo existencial, capacidades mal aproveitadas e...acima de tudo uma estranha falta de encontro de sentido para o papel da escola na formação do ser humano para “a vida que esta la fora”.
Há outros, porém, que são autênticos presentes dos deuses – empenhados, com objectivos claramente definidos e fortemente esperançados num futuro que desconhecem, mas acreditam. E é um orgulho enorme vê-los brilhar nas suas profissões com narrativas proprias da sua formação quando ainda os conhecêramos meninos.
Meninos…Sempre admirei os professores que os acompanham desde cedo: as educadoras da infância tão espontânea e alegremente vivida, as docentes do primeiro ciclo que observam com curiosidade o momento em que os miúdos iniciam essa capacidade talentosa de ler e …bem, e depois todos os que na escola contribuem para a educandade do ser humano.
Este ano, a minha escola tornou-se grande – um agrupamento, dizem. A principio parecia um daqueles casamentos em que os noivos se conhecem mal e que, por isso mesmo, da lugar a umas picardias. Mas depois a convivência desvela curiosidades próprias de cada escola outrora mais só e, em meu entender, menos rica.

Por isto tudo, estamos aqui com a convicção de que e possível e inevitável continuar, mesmo que, por vezes, seja dolorosa a tarefa de libertação da ignorância num mundo cada vez mais perfurante.



A





Lola