sábado, 29 de julho de 2017

Morre lentamente




Morre lentamente

"Morre lentamente 
quem não viaja, quem não lê,quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo.


Morre lentamente 
quem destrói o seu amor-próprio,quem não se deixa ajudar,

morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,não se arrisca a vestir uma nova corou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente 
quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente 
quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente 
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, 
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...

Morre lentamente, 
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"

Pablo Neruda




Lola