Amizade
Olá amiga! Dizia Pedro sempre que com ela contactava!
Rita gostava de o ouvir em palavras de uma doçura transbordante! Tinha a calma de um anoitecer sereno que lhe fazia muita, mesmo muita falta! Rita não sabia e nunca o questionou se algum dia foi intempestivo se, em algum momento ido, a fúria fez dele um revoltado no rosto e nas palavras!
Nunca lhe perguntara mas apreciava-lhe o jeito de se dar num sorriso expressivo e num olhar colorido que lhe preenchia o ser em manhas em que tudo o mais se tornara confessadamente desinteressante!
"Foste o melhor que me aconteceu", disse-lhe Rita numa tarde de uma dor forrada de um sol abrasador de Junho! Pedro pareceu ficar surpreendido, olhou-a e não respondeu!
Rita, porém, não esperava qualquer resposta porque o essencial ela tinha cumprido: não deixar de dizer aquilo que sente por Pedro mesmo que existam interditos...
...esses serão sempre e, muito provavelmente, o maior e generoso desafio para Rita que, sem a existência de Pedro, nunca teria a reconfortante ilusão de saber que na orla do MAR, de que tanto gosta, há alguém que passeia numa solidão existencial, que tem a infinitude do sonho e o colorido azul do horizonte que vai adormecendo...
...no abraço que é tão nosso!
Lola
