sábado, 16 de junho de 2018

Não te chamo para te conhecer




Não te chamo para te conhecer


Não te chamo para te conhecer

Eu quero abrir os braços e sentir-te
Como a vela de um barco sente o vento



Não te chamo para te conhecer
Conheço tudo à força de não ser


Peço-te que venhas e me dês
Um pouco de ti mesmo onde eu habite


SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN,
 in NO TEMPO DIVIDIDO (1954),
 in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)




                                            Lola