Não te chamo para te conhecer
Não te chamo para te conhecer
Eu quero abrir os braços e sentir-te
Como a vela de um barco sente o vento
Não te chamo para te conhecer
Conheço tudo à força de não ser
Peço-te que venhas e me dês
Um pouco de ti mesmo onde eu habite
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN,
in NO TEMPO DIVIDIDO (1954),
in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)
Lola