terça-feira, 28 de agosto de 2018

Bosque

    




Bosque


Hoje, por estar sujeito a coima avultada, "limpei" um terreno que levou mais de trinta anos a ser transformado em bosque de folhosas variadas com inúmeros castanheiros e carvalhos. Cada arvore tinha nome, recebia carinhos e dava sombra para onde pude ir passear com os filhos e atualmente com os netos. Lá ensinei o que eram tartulhos silvestres, comestíveis ou venenosos e sua função, onde se criam os azevinhos, o que era uma toupeira, um liscranço, um sardão, uma sardanisca, o que era um ninho e os inúmeros pássaros que por lá se defendiam da pragas dos pesticidas e outros químicos. Por lá se brincava com joaninhas e salamandras. Naquele bosque se refugiavam esquilos, ratos, coelhos e cobras não venenosas. Para nós era um pequeno paraíso. A merenda era de morangos silvestres, amoras, castanhas. nozes e outos frutos acabados de colher assim como mel. Ficou mais pequeno, de acordo com a lei e rodeado por quintais onde crescem eucaliptos, o ribeiro para onde escorrem os dejetos dos canis, as fossas e as águas sobrantes das máquinas de lavar louça e roupa e outros atentados ambientais. Haja quem fiscalize e tenha bom senso! 
Só estou satisfeito por ter feito o que a lei obriga.

Dr. Jorge Sousa
Médico


Lola