Quando, por fim, o mundo for só nosso,
Sem reparos alheios,
E os meus versos a fiel legenda
De cada hora,
Saberás, musa, claramente
Como a vida dura
Para além da macabra certidão
Da realidade.
Pede, pois, com fervor,
À santíssima senhora
Da boa morte
Que, sem mais sofrimento
Piedosamente,
Me receba nos braços regelados,
E nos permita ser eternamente
Felizes e secretos namorados