Tanto tempo...
Não sentes a Saudade
nem o corrupio dos nossos passos
pelo corredor manhã cedo?
Não vês as aguas do Mar misturar o meu cabelo
já de si desalinhado
nem o vento toldar o meu olhar perdido na distancia?
Não vês as escadas soalheiras do abraço
nem o vazio que as palavras sendo tuas,
em mim deixaram?
Não vês o meu acordar sem o sol brilhante
nas janelas do nosso horizonte
nem o entardecer nos campos despidos de folhas que se amontoam nos caminhos?
Não sentes o calor das palavras que nos aproximam
nem os risos das situações que se contam numa (e)terna empatia?
Não sentes que o frio deste inverno cristaliza sentires
nem o orvalho da noite que prolonga sonhos em afectos simplesmente inadiáveis?
Não sentes que o tempo avança num turbilhão de mar
e que o vento junto a ele me lembra, continuadamente, da vida sem um nos?
Tanto tempo...
Não estás a sentir esta alteridade frágil do eu outro
aqui tão juntinho do outro eu
ou apenas do meu coeur ...
... que te visito em cada amanhecer
que desfalece sorrindo
num entardecer de luz?
Não vês que aqui já há um pouquinho de Natal?
Tanto tempo...
Lola
Não sentes a Saudade
nem o corrupio dos nossos passos
pelo corredor manhã cedo?
Não vês as aguas do Mar misturar o meu cabelo
já de si desalinhado
nem o vento toldar o meu olhar perdido na distancia?
Não vês as escadas soalheiras do abraço
nem o vazio que as palavras sendo tuas,
em mim deixaram?
Não vês o meu acordar sem o sol brilhante
nas janelas do nosso horizonte
nem o entardecer nos campos despidos de folhas que se amontoam nos caminhos?
Não sentes o calor das palavras que nos aproximam
nem os risos das situações que se contam numa (e)terna empatia?
Não sentes que o frio deste inverno cristaliza sentires
nem o orvalho da noite que prolonga sonhos em afectos simplesmente inadiáveis?
Não sentes que o tempo avança num turbilhão de mar
e que o vento junto a ele me lembra, continuadamente, da vida sem um nos?
Tanto tempo...
Não estás a sentir esta alteridade frágil do eu outro
aqui tão juntinho do outro eu
ou apenas do meu coeur ...
... que te visito em cada amanhecer
que desfalece sorrindo
num entardecer de luz?
Não vês que aqui já há um pouquinho de Natal?
Tanto tempo...