Amar pelos dois
A noite aproximou-se devagarinho e Rita nem deu pela sua chegada!
Há já uns dias que se sentia inebriada por uma melodia que a embalava nao só pela simbologia das palavras mas, e sobretudo, pela carga emocionalmente doce com que brotava daquele ser!
Não era, em seu entender, muito comum encontrar palavras que se soltam da alma como suspiro de encantamento e se tornassem voo!
Mas esta era a melodia do ser que gosta, que ama mas que é suficientemente capaz de se transformar em si mesmo e no outro que ama...pois se o amar pressupõe o amado, este último nao tem que aceitar sê-lo para que o amor exista, persista e insista!
Emoção, sensibilidade, generosidade e abundância de existir era o que Rita encontrava na melodia que, baixinho, fazia as delicias do seu estado pré sono...ou quiçá... antecipando o sonho recorrente, mas divergente, com Pedro - esse ser de uma extrema candura que um dia cruzara a sua vida sem nada prometer, exigir ou hipotecar.
Noite!
Noite que se enlaça delicadamente!
A melodia vai, agora, ecoando num conteúdo de sentido invulgar... a possibilidade da generosidade e enfrentamento de saber e entender amar pelos dois... numa mistura de quereres espaço temporais que dispensam o retorno seguro, as palavras gastas em narrativas do efémero saltitante!
Hoje, ao anoitecer, Rita tivera um pequenino desejo...partilhar algo de Belo que foi sentindo ao longo do dia e que foi apenas seu...
Vamos ouvir em conjunto, Pedro?
Senta-te aí...pode ser na orla do Mar que se estende num infinito de brilho ou junto ao pequeno e desgastado beiral de madeira carcomido pelo tempo, apreciando a chuva miudinha cair um pouco inibida e, surpreendentemente, desastrada!
Emoção, sensibilidade, generosidade e abundância de existir era o que Rita encontrava na melodia que, baixinho, fazia as delicias do seu estado pré sono...ou quiçá... antecipando o sonho recorrente, mas divergente, com Pedro - esse ser de uma extrema candura que um dia cruzara a sua vida sem nada prometer, exigir ou hipotecar.
Noite!
Noite que se enlaça delicadamente!
A melodia vai, agora, ecoando num conteúdo de sentido invulgar... a possibilidade da generosidade e enfrentamento de saber e entender amar pelos dois... numa mistura de quereres espaço temporais que dispensam o retorno seguro, as palavras gastas em narrativas do efémero saltitante!
Hoje, ao anoitecer, Rita tivera um pequenino desejo...partilhar algo de Belo que foi sentindo ao longo do dia e que foi apenas seu...
Vamos ouvir em conjunto, Pedro?
Senta-te aí...pode ser na orla do Mar que se estende num infinito de brilho ou junto ao pequeno e desgastado beiral de madeira carcomido pelo tempo, apreciando a chuva miudinha cair um pouco inibida e, surpreendentemente, desastrada!
Amar Pelos Dois
Salvador Sobral
Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender
Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois
Salvador Sobral
Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender
Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois
If one day someone asks about me
Tell them I lived to love you
Before you, I only existed
Tired and with nothing to give
My dear, listen to my prayers
I beg you to return, to want me again
I know that one can’t love alone
Maybe slowly you might learn again
My dear, listen to my prayers
I beg you to return, to want me again
I know that one can’t love alone
Maybe slowly you might learn again
If your heart doesn’t wish to give in
Not to feel passion, not to suffer
Without making plans of what will come after
My heart can love for the both of us
Sabes, Pedro...
...mesmo que nunca quebremos a muralha gelada das distancias...
Mesmo que no conto das nossas vidas nunca se vislumbrem esperançadamente caminhos
que possam cruzar-se
dando sentido
à utopia do desejo...
Mesmo assim...
...mesmo que nunca quebremos a muralha gelada das distancias...
Mesmo que no conto das nossas vidas nunca se vislumbrem esperançadamente caminhos
que possam cruzar-se
dando sentido
à utopia do desejo...
Mesmo assim...
O meu coração quer, pode e vai, certamente, amar pelos dois!
Adoro-te, my dear!
Adoro-te, my dear!