terça-feira, 16 de maio de 2017

Amor invulgar




Amor invulgar

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Brigitte Macron está na vida de seu marido desde que ele tinha 15 anos – primeiro como professora, depois como companheira sentimental e agora como sua primeira-dama.
E ela esteve ao lado de Emmanuel Macron quando o centrista pró-União Europeia (UE), de 39 anos, assumiu o cargo como o presidente mais jovem da história da França, depois de ter vencido a eleição presidencial.
Elegante e esbelta, Brigitte Macron, de 64 anos, é a colaboradora mais próxima de seu marido, e ele  prometeu-lhe um papel oficial no palácio presidencial.
“Todas as noites conversamos e repetimos o que ouvimos um sobre o outro”, disse Brigitte à revista Paris Match no ano passado. “Eu tenho que prestar atenção em tudo, fazer o máximo para protegê-lo”.
Brigitte já foi capa de quase uma dúzia de revistas, e esteve ao lado de seu marido em muitos comícios lotados, enquanto o mundo acompanhava com fascínio o romance pouco ortodoxo do casal.
Mas antes disso tudo ela foi esposa num primeiro casamento e mãe de três filhos, e ensinava francês, latim e teatro. Brigitte estava no caminho para uma vida confortável, embora um tanto convencional.
Brigitte Trogneux nasceu em 13 de abril de 1953 em Amiens, no norte da França, que também é a cidade natal de Emmanuel Macron, numa família próspera que dirige um negócio conhecido de pastelaria e chocolate.
No início da década de 1990, ela foi surpreendida por um jovem que estava a actuar numa produção de “Jacques e seu Amo”, de Milan Kundera. 
Era Emmanuel.
Ela concordou rapidamente quando ele lhe pediu que o ajudasse a trabalhar  num roteiro e, assim, eles começaram a construir um vínculo.
A professora, então com 39 anos, foi “totalmente cativada” pela inteligência de Emmanuel, que tinha apenas 15 anos. O sentimento era mútuo, e dois anos depois ele fez uma previsão ousada.
“Quando tinha 17 anos, Emmanuel me disse: “Aconteça o que acontecer, eu vou  casar-me com você!”, contou Brigitte Macron à revista Paris Match em abril passado.

Concluidos os estudos superiores, o aluno voltou para casar com a professora!

Em 2006, Brigitte deixou seu marido Andre Louis Auziere, um banqueiro e um ano depois casou-se com Macron. Mudou-se para Paris, onde ele continuou seus estudos e ela trabalhou como professora.
“Quando eu decido fazer algo, eu faço”, disse ela num documentário sobre Emmanuel.
Ela é descrita como uma pessoa afetuosa e pé no chão pelos que a conhecem, que também destacam o seu charme e positividade.
Um deles, Gregoire Campion, conheceu-a   numa praia na cidade turística de Le Touquet há mais de 40 anos. Suas barracas de praia estavam próximas, e ele se lembra que a jovem Brigitte “não era festeira” e era “muito educada”.
Le Touquet continuou sendo parte da sua vida e a agora avó de sete netos passou muitos fins de semana lá com sua família. Ela estava ao lado de Emmanuel quando ele votou neste domingo.
É um lugar para se reunir com seu filho, engenheiro, e suas duas filhas, uma cardiologista e uma advogada, todos do seu primeiro casamento.
No entanto, a vida com seu marido político e o compromisso maciço da campanha continuam sendo um grande foco.
“Tenho sorte de compartilhar isso com Emmanuel, mesmo que, quando se trata de política, eu não tenha tido muita escolha”, disse, manifestando também o desejo de ajudar jovens desfavorecidos como primeira-dama.

Na tomada de posse, quando mão na mão, caminhavam num dos corredores do Palácio do Eliseu, ele olhou-a numa cumplicidade estonteante dizendo-lhe: "je t'aime!"





O filho de médicos que deve à avó a vocação de esquerda

Emmanuel Macron, o novo presidente de França, começou como inspetor dos impostos e trabalhou para o banco Rotschild.
Filho de dois médicos, foi o tempo passado em criança com a sua adorada avó materna, filha de um casal de analfabetos que chegou a diretora de um colégio, que alimentou a veia de esquerda de Emmanuel Macron. "Lembro-me da sua imagem. Da sua voz. Lembro-me das lembranças dela. Da sua liberdade. Da sua exigência", afirmava o agora novo presidente de França no livro Os Políticos também Têm Avó sobre a mulher que mais marcou a sua inclinação política. Educado num colégio de jesuítas, é na Universidade, em Sciences Po, que começa a militar no Movimento dos Cidadãos (MDC). A adesão ao Partido Socialista, essa, só chegaria mais tarde, aos 24 anos.
Assistente do filósofo Paul Ricoeur na universidade, Macron fará mais tarde a sua tese sobre Maquiavel e mantém até hoje a paixão pela filosofia. Mas é na muito pragmática inspeção dos impostos que começa a trabalhar em 2004. Quatro anos mais tarde, mudança de rumo: Macron aceita o convite para trabalhar no banco Rotschild, onde depressa chega a sócio-gerente.
Um sucesso fulgurante que não o impede em 2012 de aceitar o convite de François Hollande para ser secretário-geral adjunto da presidência. Os dois homens tinham-se conhecido cinco anos antes num jantar em casa de Jacques Attali, o antigo conselheiro de François Mitterrand. Aos 34 anos, o jovem secretário chama as atenções dos media e até tem direito a vários artigos nos jornais - com todos a destacar as suas posições "não muito de esquerda".
Dois anos depois, Macron, hoje com 39 anos, é nomeado ministro da Economia de Manuel Valls, destacando-se pelo seu "liberalismo social", como destacava o Le Monde em 2015. Os choques com o governo sucedem-se e em agosto de 2016, quatro meses depois de anunciar a criação do seu movimento En Marche!, Macron demite-se. A 16 de novembro anuncia a candidatura às presidenciais. Candidato mais votado na primeira volta de 23 de abril, na segunda derrotou Marine Le Pen, com 65,5% dos votos, contra os 34,5% da candidata da Frente Nacional.

Brigitte Trogneux, a mulher que conheceu quando ela foi sua professora de Francês no liceu, esteve sempre ao lado de Macron na campanha

Casado com Brigite Trogneux, 24 anos mais velha do que ele e que conheceu no liceu onde esta foi sua professora de francês, Macron gosta de brincar com o facto de ter sete "netos". O casal tem surgido nas capas de várias revistas cor-de-rosa durante a campanha, não deixando que os rumores sobre uma relação homossexual de Macron surgisse em fevereiro. Durante a campanha, Macron prometeu oficializar o cargo de primeira-dama para Brigitte.
Pianista de grande talento, Macron apresentou-se na campanha como capaz de escolher "o melhor da direita, o melhor da esquerda e até o melhor do centro". Uma fórmula que pediu emprestada a De Gaulle e que o levou ao mesmo Eliseu que já foi morada do general.






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 https://www.youtube.com/watch?v=mD17FHE12eo

                                              Lola